Acordo com o FMI é desnecessário

Desnecessário  foi a palavra usada por Alves da Rocha  para qualificar o acordo assinado pelo Governo com o Fundo Monetário Internaciona (FMI), segundo uma matéria publicada no semanário Novo Jornal sexta-feira, 27 de Novembro. 

Eeconomista e investigador do Centro de Estudos da Universidade Católica de Angola, Alves da Rocha critica o O Governo por não ter consultado  universidades angolanas quando decidiu assinar um acordo com o FMI.

Recentemente numa aula magna na Faculdade de Economia da Universidade José Eduardo dos Santos (Huambo), justificou que os benefícios resultantes de tal acordo, na ordem dos 2, 7 mil milhões de dólares, são  insuficientes para cobrir as necessidades de financiamento para a economia do país.

Baseando-se num  relatório do FMI, publicado em Dezembro de 2018, informou que, do ponto de vista real, as necessidades de financiamento da economia nacional para este ano estão estimadas  em 22 mil milhões de dólares, ao passo que para o Estado, dentro da sua atividade enquanto promotor  e facilitador da actividade económica e garante da estabilidade macro-económica estimam-se em 17 mil milhões.

Perante estas necessidades de financiamento, que o economista considera tremendas, admitiu que os benefícios financeiros que se esperam do acordo com o FMI nada trarão para a estabilização da economia nacional e que, por consequência, a situação financeira e social sobretudo do país vai se agravar cada vez mais.

Manuel Alves da Rocha afirmou que esta sua análise é partilhada por muitos economistas no país, salientando que as esperanças para a estabilização da economia nacional não podem ser direccionadas, apenas de forma exclusiva, no acordo que o Governo fez com o Fundo Monetário Internacional.

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