Angola vai atualizar dados sobre indicadores múltiplos de saúde

O inquérito, a ser levado a cabo pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola, vem atualizar os dados da última pesquisa 2015-2016 sobre os indicadores demográficos e de saúde do país, no que diz respeito à fecundidade, comportamentos sexuais, mortalidade materno e infantojuvenil, a prevalência do VIH/SIDA, anemia em crianças e nutrição.

A ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, considerou importante o inquérito, que vai permitir aferir a situação de saúde no país, destacando a informação sobre fertilidade, planeamento familiar, mortalidade, nutrição e a utilização dos serviços de saúde.

Sílvia Lutucuta salientou que o último inquérito proporcionou informação que serviu de base para avaliar os indicadores do Plano Nacional de Desenvolvimento 2013/2017, a reforma do setor da saúde e a monitorização do Plano de Desenvolvimento Sanitário, criando, pela primeira vez, indicadores para o VIH e uma base nacional de homens e mulheres.

A governante angolana frisou ainda que o exercício a ser feito nos próximos nove meses é importante para avaliar o estado e assistência de saúde da população, ajudando nas ações e melhor uso dos recursos financeiros, bem como na delineação de políticas e ações para responder aos compromissos internacionais assumidos por Angola.

Um total de 19 equipas, com 171 pessoas, vão estar no terreno a recolher dados de 16.302 agregados familiares, através de entrevistas assistidas por ‘tablets’.

Para os testes de VIH a meta é recolher amostras de sangue em mulheres entre os 15 e 49 anos e homens entre os 15 e 54 anos.

No que diz respeito à anemia e malária, vão ser testadas crianças dos seis aos 59 meses, ao passo que a testagem de antropometria (determinação de medidas nas diversas partes do corpo humano) vai acontecer em crianças menores de cinco anos e adultos.

O INE vai contar com a colaboração do Banco Mundial, que através do Projeto de Fortalecimento do Sistema de Saúde, disponibiliza 4,9 milhões de dólares (4,4 milhões de euros), e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que apoia com o valor de 1,6 milhões de dólares (1,4 milhões de euros).

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) é parceiro na realização do inquérito, disponibilizando para o efeito 250 mil dólares (225,3 mil euros), contando ainda com a parceria do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), que financia a ação com 150 mil dólares (135,2 mil euros).

O teste piloto arranca em janeiro de 2020, na província de Benguela, enquanto que a formação dos agentes de campo deverá ocorrer entre fevereiro e março do próximo ano, em Luanda, devendo a recolha dos dados iniciar-se em março, prolongando-se até agosto de 2020, e a divulgação dos dados acontecer entre novembro e dezembro do mesmo ano.

Lusa/Fim

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