Covid-19: Angola declara transmissão comunitária no país e aumenta para 576 casos

O anúncio foi feito pelo coordenador da comissão multissetorial de combate e prevenção à covid-19, que salientou que estão reunidas as evidências para que seja declarada a circulação comunitária do novo coronavírus na província de Luanda.

Pedro Sebastião explicou que as autoridades sanitárias começaram por rastrear todos os casos considerados graves nos bancos de urgência e hospitais de referência, designados como centros sentinela, não tendo sido detetado “aumento exponencial de casos sem vinculo epidemiológico”, razão pela qual se optou pela testagem em massa.

Entre 08 e 11 de junho foi realizado um estudo transversal, tendo sido colhidas amostras de 7.500 pessoas em grandes conglomerados (mercados e controlo de saída de Luanda) através das quais foi possível perceber que os casos reativos não tinham vínculos epidemiológicos conhecidos, não tiveram relação com cordões sanitários e não viajaram para países com circulação comunitária.

Por este motivo, segundo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) foi declarada a circulação comunitária do novo coronavírus no país.

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, anunciou hoje mais 35 casos da doença em Angola, com idades entre 03 e 73 anos, 16 do sexo feminino e 19 do masculino, todos de Luanda e que resultaram dos rastreios aos centros sentinela.

Registou-se igualmente um óbito, na Clínica Girassol, um homem que apresentava outras comorbilidades.

No total, Angola regista agora 576 casos, dos quais 27 óbitos, 124 recuperados (mais 06) e 425 casos ativos.

Foram testadas já 38 mil amostras com base molecular (RT PCR) e feitos 15.135 testes rápidos dos quais 590 com resultados reativos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 578 mil mortos e infetou mais de 13,34 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Texto: Lusa
Compartilhar