Covid-19: Meia centena de cidadãos em Angola deixam quarentena, 106 ainda sob custódia

As autoridades sanitárias angolanas levantaram hoje a quarentena imposta a 50 cidadãos, provenientes da China, que se encontravam no Centro da Barra do Kwanza, anunciou o inspetor da Saúde, Miguel de Oliveira.

O grupo era composto por 13 cidadãos nacionais, 36 chineses e um brasileiro, ficando ainda sob custódia das autoridades 14 pessoas.

Num outro centro, localizado no Calumbo, município de Viana, arredores da província de Luanda, encontram-se em vigilância 92 pessoas, entre as quais 37 angolanos, 50 chineses, 12 americanos, dois canadianos e um costa-marfinense.

Segundo Miguel de Oliveira, que procedia hoje ao balanço da situação sobre o COVID-19, ambos os centros têm condições aceitáveis de alojamento, contrariando denúncias feitas esta semana sobre a falta de condições higiénicas e alimentares no centro de Calumdo, divulgadas nas redes sociais e acompanhadas de fotos sobre o local.

“Todas as pessoas em quarentena estão a ser tratadas com o devido humanismo. É normal que os cidadãos manifestem as suas reclamações e exijam além do que têm, mas estamos a identificar as falhas nestes locais para a devida correção”, referiu Miguel de Oliveira, citado pela agência noticiosa angolana, Angop.

O responsável frisou que a situação epidemiológica no país continua estável, e as unidades hospitalares de referência estão a ser equipadas para garantir o internamento e assistência de eventuais casos.

O coronavírus Covid-19 provocou 2.014 mortos e infetou mais de 75.000 pessoas a nível mundial.

A maioria dos casos ocorreu na China, onde o novo vírus foi detetado no final de 2019, na província de Hubei, a mais afetada pela epidemia.

Além de 2.006 mortos na China continental, morreram duas pessoas na região chinesa de Hong Kong, duas no Irão, uma nas Filipinas, uma no Japão, uma em França e uma em Taiwan.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

Texto: Agência Lusa
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