José Eduardo dos Santos colocou um muro de Berlim à frente da liberdade de imprensa, derrubado por João Lourenço, segundo o jornalista Gustavo Costa.
Num texto publicado na sua coluna no Novo Jornal, Costa escreve que o actual presidente de Angola em matéria de liberdade de imprensa não pode ser visto como a alma gémea do seu antecessor que nos “últimos 40 anos formatou o poder político” dominante no país.
Correspondente do jornal português Expresso e jornalista há cerca de 40 anos, Gustavo Costa sublinha que João Lourenço em dois anos de governação pode ser acusado de ter cometido alguns erros de casting político ou de ter feito opções desadequadas de política económica . Mas não pode ser apontado como um presidente que colocou “ sob quarentena o exercício de um jornalismo aberto, livre ”.
O colunista do Novo Jornal, antigo director da publicação, afirma igualmente que Lourenço está ilibado da acusação de ter colocado em “quarentena financeira” o sector da comunicação social, uma realidade, segundo o mesmo, decorrente também da má gestão das empresas.