Lucros da Sonangol caem para 125 milhões de dólares em 2019, cerca de metade do ano anterior

Num comunicado hoje divulgado, a Sonangol adianta ainda que os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA, na sigla em inglês) se fixaram em 4.779 milhões de dólares (4.067 milhões de euros), mais 10% do que no exercício anterior “fruto da estabilização das receitas e da forte redução dos custos”.

Em 2019, a Sonangol produziu cerca de 232 mil barris de petróleo/dia “praticamente em linha com o período homólogo”, enquanto a produção de gás aumentou 6% para 417 toneladas métricas e a de LNG (gás natural liquefeito) teve um acréscimo de 8%, atingindo um milhão de toneladas métricas.

A produção de produtos refinados cresceu 37%, num total de 2,4 milhões de toneladas métricas, após o reinício das operações da refinaria de Luanda. Foram também importados 2,9 milhões de toneladas métricas de produtos refinados, mais 6% do que em 2018.

As vendas totalizaram 10.231 milhões de dólares, o que representa uma redução de 4% face ao período homólogo.

O ano de 2019 foi o último em que a petrolífera angolana registou vendas como concessionária nacional, bem como os custos referentes a essas transacções, ocorridas entre janeiro e abril desse ano.

Em maio de 2019, a Sonangol deixou de exercer a função de concessionária, que passou a ser atribuída à Agência Nacional de Petróleo, Gás e Combustível (ANPG) “com o sentido de permitir que a empresa fique focada na sua cadeia primária de valor”, refere a nota.

Os custos operacionais desceram cerca de 11%, atingindo 5.550 milhões de dólares, enquanto o serviço de dívida representou 1.851 milhões de dólares, tendo a empresa fechado o ano com um ‘stock’ de 5.034 milhões de dólares, mais 13% do que no período homólogo.

A Sonangol realizou também investimentos de 1.478 milhões de dólares.

Texto: Agência Lusa
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