Lunda Norte – cooperativas mineiras alvo de fiscalização da Policia Nacional

As cooperativas mineiras em funcionamento na Lunda Norte, começaram, esta quinta-feira (02 Janeiro), a ser fiscalizadas pelas autoridades angolanas, com vista a proceder a avaliação do seu nível de organização, no âmbito da ”Operação Transparência”.

O porta-voz do Posto de Comando Avançado da Operação Transparência, comissário António José Bernardo, disse, em declarações à imprensa, que a referida fiscalização vai incidir também sobre a produção e capacidade de segurança instalada.

Informou que as autoridades vão ainda inteirar- se do cumprimento das responsabilidades tributárias e a promoção do emprego.

A Operação Transparência, em vigor desde Setembro de 2018, tem por finalidade, entre outros, o combate à imigração ilegal, exploração e tráfico ilícito de diamantes no país.

Em Julho do ano transacto, a Endiama concedeu, na Lunda Norte, 31 títulos de exploração mineira às empresas semi-industriais, para voltarem a exercer a actividade após terem sido suspensas por irregularidades detectadas durante a operação transparência.

Nesta altura, em todo o país, estavam licenciadas 241 empresas e emitidas 75 concessões a igual número de Sociedades Mineiras.

Por outro lado, o comissário António José Bernardo fez saber que nesta fase as autoridades vão redobrar a segurança ao longo das fronteiras, para conter a “avalanche” de migração ilegal que se está a registar na Lunda Norte, Malanje, Uíge e Zaire.

“Paralelamente a questão do ataque que querem fazer aos diamantes, estamos também preocupados com a forma como estão a tratar os combustíveis, principalmente, na região norte do país”, referiu.

Informou que nas últimas 24 horas foram detidos 344 cidadãos da República Democrática do Congo (RDC), nos municípios de Chitato, Cambulo, Lucapa e Lóvua, dos quais 317 por tentativa de violação das fronteiras.

Ainda neste período, foram repatriados 333 cidadãos por permanência ilegal, enquanto outros 169 cidadãos de diversas nacionalidades, sendo 163 da RDC, aguardam repatriamento.

A Lunda Norte partilha 770 quilómetros de fronteira com a RDC, sendo 650 terrestres e 120 fluviais.

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