Projecto Afro-Sonic Mapping leva angolanos a Casa da Cultura de Berlim

O produtor e activista cultural, Sacerdot, o guitarrista Teddy Nsingi, o artista plástico Kilaunji Kya Henda, Mc Khris, Suya Nascimento estiveram na Haus der Kulturen der Welt( casa das culturas) no âmbito do projecto de pesquisa Afro –sonic Mapping do cidadão alemão, Satch Hoyt, revelação feita por Gabriele Stern, directora do Goethe –Institut Angola

Os angolanos durante uma semana tiveram várias actividades, sendo o momento mais alto, o concerto onde os angolanos mostraram o resultado da parceria com Satch que em Setembro do ano passado, durante três semanas tiveram em Luanda.

O Afro sonic Mapping é uma investigação baseada no que o pesquisador considera de os significados dos sons-afro que resultaram na emigração. Luanda foi uma das cidades escolhidas por Satch Hoyt, assim como Lisboa, Salvador da Bahia, Dakar, Cali e Lima.

A preocupação e encontrar o que tem sido preservado pela diáspora africana. No mapeamento proposto, o triangulo Luanda, Lisboa e Bahia mereceram uma apreciação especial o que levou um olhar mais apurado na cena cultural destas cidades.

Satch Hoyt, cidadão alemão nascido em Londres é descendente de afro-jamaicanos e é um artista multifacetado, é escultor, faz instalações acompanhadas por sons, performances, pinturas e desenhos. Com o Afro sonic Mapping o interesse é o de traçar o percurso histórico dos sons transatlânticos, assim como a experiência de vida dos africanos e seus descendentes nos vários pontos. Com os artistas locais fez uma conexão entre as gravações antigas e os ritmos modernos urbanos, em Angola o Kuduro e outras sonoridades electrónicas mereceram o seu enfoque. O Sambizanga, assim como o estúdio de Sacerdot foram transformados em seu local central para o seu trabalho.

Já com o artista plástico e visual, Kiluanje Kya Henda a conexão artística resultou numa faceta diferente do artista que é o spoken word e Teddy Nsingui porque sentia a necessidade de incorporar guitarras.

A directora, Gabrielle Stern diz que tudo foi possível com a ajuda de alguns parceiros angolanos do Goethe – Institut que ajudaram Satch a contactar pessoas. Reconheceu que o mesmo teve que alterar as linhas do seu plano de pesquisa depois da primeira indicação, a mesma foi fundamental para o Afro sonic-Mapping;

No final falou da Haus der Kulturen der Welt ou seja a casa das culturas, uma instituição, onde durante uma década trabalhou e que promove actividades culturais de países não-europeus e para ela a presença dos artistas angolanos com o apoio da sua instituição serviu também como um brinde s festas da independência de Angola

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