Pelo menos três soldados do Mali morreram hoje num ataque efetuado por um grupo de homens armados não identificados na região de Mopti, no centro do país, informaram fontes militares.
O ataque ocorreu entre as cidades de Douentza e Hombori, causando ferimentos em outros sete soldados e a destruição de uma viatura.
O Mali tem sido palco de agitação desde 2012, motivada por uma insurreição liderada por soldados rebeldes com o objetivo de derrubar o Presidente.
As consequências destes eventos conduziram ao surgimento de forças ‘jihadistas’ no território maliano, apenas afastados do poder em 2013, após uma guerra liderada por França.
Ainda assim, a presença de ‘jihadistas’ mantém-se no centro do país, e a nação situada na África Ocidental continua sob ameaça de grupos associados à Al-Qaeda e ao autoproclamado Estado Islâmico (EI), que em 2015 abandonaram o árido norte do país para a região central, mais povoada.
O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, António Silva Ribeiro, já afirmou que Portugal poderá enviar seis militares e um avião C-295 da Força Aérea para o Mali durante seis meses no próximo ano. Atualmente há dois oficiais portugueses no quartel-general.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou em 28 de junho a extensão do mandato da sua missão no Mali por mais um ano, para combater a violência no centro do país e restabelecer a autoridade governamental.
A MINUSMA foi estabelecida em 2013 e tem sido a mais mortífera entre as missões lideradas pela ONU, com 185 vítimas mortais entre os capacetes azuis.
A resolução adotada pelo Conselho de Segurança da ONU sublinhou que a principal missão dos 16.000 operacionais destacados naquele país continua a ser a implementação de um acordo de paz assinado em 2015.
Fonte: Mundo ao Minuto – 28 de Agosto de 2019
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