Alcides Sakala e Adalberto estão confiantes na vitória

Os porta-vozes dos candidatos Alcides Sakala e Adalberto da Costa Júnior fizeram, ontem, um balanço positivo da campanha com vista à liderança da UNITA.

A campanha, iniciada no dia 11 do mês passado, encerra oficialmente hoje. Amanhã é dia de reflexão e, na quarta-feira, começa, em Luanda, o XIII Congresso Ordinário da UNITA, cujo ponto alto é a eleição do novo líder do partido. 

Victor Hugo Ngongo e Adriano Sapiñala acreditam na vitória dos seus candidatos. Em declarações à Rádio Despertar, Victor Hugo e Sapiñala justificaram a crença na vitória com a recepção que os respectivos candidatos receberam em todas as províncias por onde passaram.
Segundo analistas, Alcides Sakala e Adalberto da Costa Júnior são os candidatos favoritos à sucessão de Isaías Samakuva, que deixa a liderança da UNITA depois de 16 anos, correspondentes a quatro mandatos consecutivos.
Depois de terem lançado as suas campanhas em Luanda, Alcides Sakala e Adalberto da Costa Júnior percorreram a maior parte das restantes 17 províncias do país, com excepção a Cabinda, por questões de ligações aéreas.
Entretanto, para colmatar as ausências, para a província mais a norte do país foram enviados membros das respectivas candidaturas, que apresentaram as linhas de força de Sakala e Adalberto.
Seja como for, os delegados ao congresso pela província de Cabinda terão a oportunidade de interagir com Alcides Sakala e Adalberto da Costa Júnior, durante o debate agendado para quinta-feira, um dia antes da eleição do novo presidente da UNITA e do encerramento do congresso.
Os outros três candidatos à liderança da UNITA são o vice-presidente cessante, Raul Danda, o antigo secretário-geral, Abílio Kamalata Numa, e o primeiro vice-presidente do grupo parlamentar,José Pedro Kachiungo.
Kamalata Numa encerra a campanha, hoje, no município do Cazenga, em Luanda, enquanto José Pedro Kachiungo esteve à “caça de votos”, ontem, na província do Bengo.
O XIII Congresso da UNITA vai contar com a participação de 1.150 delegados, dos quais 165 eleitos em Luanda e 65 nas estruturas centrais do partido.

Nova dinâmica
O candidato Adalberto da Costa Júnior reafirmou, no sábado, no Namibe e na Huíla, a necessidade de implementar uma nova dinâmica nas estruturas do partido, com responsabilidade moral e cívica e com melhores condições de trabalho para os seus quadros e desvalorizou insultos de rivais.
Falando num encontro com militantes e convidados, Adalberto da Costa Júnior prometeu, caso seja eleito no XIII Congresso, que decorre em Luanda, de quarta a sexta-feira, dotar as estruturas provinciais, municipais e comunais de uma nova dinâmica e de acções político-partidárias ao figurino demográfico de Angola e prestar atenção particular às organizações feminina, LIMA, e juvenil, JURA.
Segundo a Angop, o político garantiu que vai fazer do partido uma alternativa credível e responsável, preparado para liderar convenientemente uma frente democrática para as eleições autárquicas, colocando o partido cada vez mais próximo dos interesses e anseios da sociedade.
Nascido a 8 de Maio de 1962,na província do Huambo, Adalberto da Costa Júnior propõe-se despoletar um processo de negociação com o Executivo, outros partidos políticos e a sociedade civil para a revisão da Constituição.
“Hoje, passados 17 anos de reconciliação, Angola está muito longe de ser a Pátria que sonhamos para o nosso povo. A fome e a injustiça ainda afligem milhares de angolanos, falta de tudo na vida das nossas famílias, a comida na mesa, a escola, o médico, a dignidade do trabalho, nesta vertente, a paz e a democracia são compromissos definitivos dos quais nunca desistiremos”, sublinhou.
Num outro encontro com militantes, no Lubango, Huíla, Adalberto da Costa Júnior desvalorizou o que chamou de “campanha insultuosa” contra si, oriunda de outras candidaturas à liderança do partido, explicando que o foco é alcançar a vitória no congresso e melhorar a organização.
O político disse que a prioridade é dar a conhecer o conteúdo programático do seu manifesto eleitoral e considerou que o militante do partido tem maturidade para avaliar que tipo de comentário é ou não bom para a organização.
Prometeu, se vencer, reabrir a escola de formação de quadros “Kapessi Kafundanga”, que funcionou na localidade da Jamba.

Jornal de Angola
Compartilhar