“Transmito a minha proximidade à família e a todas as pessoas que sofrem muito com estes contínuos ataques. A África precisa de paz e não de violência”, afirmou Francisco, após a oração do Angelus, segundo a agência espanhola Efe, enquanto António Guterres disse estar “indignado” com o que sucedeu.
Pelo menos cem civis foram mortos no Norte do Burkina Faso, em Solhan, entre sexta-feira e sábado, o ataque mais mortal registado neste país desde o início da violência ‘ji-hadista’ em 2015, informaram fontes de segurança e locais.
O chefe da Igreja Católica pediu ainda aos religiosos e políticos que colaborem para esclarecer o que aconteceu no Canadá, referindo-se à descoberta de uma vala comum com restos mortais de crianças indígenas junto a um antigo internato na província de British Columbia.
“Uno-me aos bispos canadenses e a toda a Igreja Católica no Canadá para expressar a minha proximidade ao povo canadense traumatizado pela notícia chocante. A descoberta aumenta a consciência da dor e do sofrimento do passado. Que as autoridades políticas e religiosas do Canadá continuem a colaborar com determinação para lançar luz sobre aquele triste acontecimento”, afirmou Francisco.
O Papa notou ainda que “estes momentos difíceis” constituem também um apelo ao afastamento do modelo colonizador e ao diálogo “no respeito recíproco, reconhecimento dos direitos e do valor cultural”. Por sua vez, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou-se “indignado” com o ataque. “O Secretário-Geral está indignado com o assassinato de mais de 100 civis, incluindo sete crianças, num ataque de assaltantes não identificados a uma aldeia na província de Yagha, na região do Sahel do Burkina Faso”, disse o porta-voz, Stephane Dujarric.
Segundo Dujarric, Guterres “condena veementemente este ataque horrendo e salienta a necessidade urgente de a comunidade internacional reforçar o apoio a um dos seus membros na luta contra a violência extremista e o seu inaceitável custo humano”.
Fonte: Agências
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