Mais de 70 mil toneladas de laranjas estragam-se no Zaire

Producao de citrinos na fazenda jb eyavala, Huila - Angop
Producao de citrinos na fazenda jb eyavala, Huila - Angop

O facto foi avançado nesta segunda-feira, 8 de Junho, à ANGOP, pelo director municipal da Agricultura, Tuzolana Mudiambu, sublinhando que a que a situação está a agastar os agricultores locais, que têm na produção de citrinos a principal fonte de rendimento e sobrevivência.

Fez saber que, no presente ano de 2021, perto de 56 mil toneladas de laranjas correm também o risco de apodrecerem naquela vila fronteiriça com a República Democrática do Congo (RDC).

O também engenheiro agrónomo disse que, para além do mau estado das vias entre os locais de produção e centros de consumo, o encerramento das fronteiras devido à Covid-19 agravou ainda mais a situação.

Tuzolana Mudiambu informou que antes do surgimento desta pandemia, cerca de 70 por cento da produção de citrinos no município do Nóqui era comercializada na vizinha República Democrática do Congo (RDC) e 30 por cento nos mercados nacionais, sobretudo em Luanda.

“Os produtores de citrinos (a laranja, o limão, a toranja, a lima, a tangerina, a clementina, a bergamota e a cidra) têm como preferência os mercados da RDC devido à venda em grandes quantidades de laranjas em relação aos mercados nacionais”, explicou o director municipal da Agricultura do Noqui.

Considerou o município que administra como um dos grandes “pulmões” na produção de citrinos a nível da província do Zaire, com uma extensão de mais de cinco mil hectares de terras cultivados. 

Para além de citrinos, disse, o Nóqui produz também em grande escala mandioca, jinguba, milho, feijão macunde, banana, feijão e hortaliças.

Situado a 165 quilómetros da cidade de Mbanza Kongo, o município do Nóqui tem uma população estimada em mais de 23 mil habitantes, distribuídos por três comunas: Lufico, Mpala e Sede.

Fonte: Angop

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