Conflito na Igreja Universal nunca foi de pendor político – Ministro da Justiça

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, garantiu ontem que a questão da crise interna na Universal do Reino de Deus em Angola (IURD) não tem implicações políticas ou diplomáticas.

“Trata-se de um problema interno de uma confissão religiosa de direito angolano, que deve respeito às leis angolanas e não é um problema diplomático”, esclareceu o ministro, acrescentando que “entre Angola e o Brasil existem relações bilaterais longínquas e sólidas, que vão continuar”. Segundo Francisco Queiroz, “não é um problema político nem diplomático, razão pela qual não pode haver intervenções a outro nível, pois é um assunto religioso com implicações legais”.

Em declarações à imprensa, no final de um encontro entre membros do Executivo e deputados da 7ª Comissão da Assembleia Nacional, Francisco Queiroz informou que estão em curso dois processos junto da Procuradoria-Geral da República, em instrução preparatória, que resultaram de uma denúncia de bispos da IURD da “ala” angolana, que denunciam práticas que indiciam crimes.

O segundo resulta de uma queixa-crime de bispos que lideram a “ala” brasileira, que denunciam a invasão de propriedades. Os dois correm os seus trâmites. O titular da pasta da Justiça garantiu o cumprimento dos prazos que as leis definem para a instrução processual e devido julgamento dos casos. Enquanto decorre o processo, Francisco Queiroz apelou para a serenidade entre as partes, para que as autoridades possam dar o tratamento devido.

O ministro assegurou que o Estado vai agir com lisura, serenidade e imparcialidade, para que o processo decorra de acordo com o estabelecido na Lei. Francisco Queiroz pediu paciência enquanto a Justiça faz o seu trabalho. O presidente da 7ª Comissão, Boaventura Cardoso, disse que o encontro foi consensual entre as diferentes bancadas e manifestaram solidariedade com as diligências para se ultrapassar o diferendo.

Fonte: Jornal de Angola
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