Galeria angolana na feira de arte africana contemporânea de Paris

Com mais de uma centena de artistas representados por galerias dos quatro cantos do mundo, a feira posiciona-se como um palco que dá a conhecer a forma como a energia criativa de África influencia a arte contemporânea em todo o mundo.

Nesta edição, a convite da organização, a galeria THIS IS NOT A WHITE CUBE apresenta o projeto “Gardens” realizado pelo artista angolano e Português PEDRO PIRES.

Sob a curadoria de Graça Rodrigues e Sónia Ribeiro, “Gardens” aborda o tema da identidade -que tem vindo a ser, ao longo dos últimos anos, objeto central na obra do autor. O artista propõe uma abordagem performativa como modelo de exibição, explorando a relação entre performance e instalação como paradigma de transformação formal do espaço expositivo e de transformação relacional com o público.

O artista propõe uma abordagem performativa como modelo de exibição, explorando a relação entre performance e instalação como paradigma de transformação formal do espaço expositivo e de transformação relacional com o público.

Através deste modelo, Pedro Pires confere uma dimensão participativa ao projeto para enfatizar a importância do papel que o público assume no contexto da sua produção artística e de pensamento crítico na contemporaneidade.

Num cubo, Pedro Pires apresenta duas séries inéditas de trabalhos realizados em papel, intituladas “Specific” e “Universal”; 2 trabalhos de escultura e uma instalação de dimensão monumental, em metamorfose constante, que configura o epicentro do projeto e que lhe dá nome.

Com base num jogo mental alicerçado nas noções de realidade e artificialidade, o conjunto promove uma reflexão teórica sobre os modelos de construção da identidade individual e coletiva e a forma como esta se pode estabelecer a partir da relação entre a aparência física e os ideais dos indivíduos.

 Pedro Pires: notas biográficas e do currículo artístico

Nascido na década 70, Pedro Pires explora no seu trabalho questões sobre identidade e estereótipos em relação direta com educação, história e instituições. Este interesse vem da sua experiência pessoal enquanto Angolano e Português. O artista explora a sua identidade e posição política, social e económica nestes dois países e continentes, fazendo paralelismos com outras realidades.

Usa diferentes meios, técnicas e objetos do quotidiano de diferentes contextos que são fortemente utilitários e produzidos em massa, para construir vários significados figurativos e conceptuais de identidade em diferentes sociedades. Há uma constante preocupação em pensar sobre assuntos locais e globais, usando referencias de contextos tradicionais, populares, locais ou estrangeiros.

Os seus trabalhos já foram expostos em locais como o Museu de Belas Artes de Montreal, Canada; Somerset House – 1:54 Art Fair, Londres; Grand Palais – ArtParis Art Fair, Paris; Gallery Momo, Joanesburgo e Cape Town; Arsenale di Venezia, Veneza; SIEXPO, Luanda; PS Art Space, Perth;.

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