Manuel Nunes Júnior: Executivo pretende eliminar os défices sistemáticos do OGE

Esta intenção foi manifestada em Luanda a parceiros sociais do Governo num encontro cujo tema central foi a apresentação e discussão dos pressupostos estruturantes de elaboração do Orçamento Geral do Estado de 2020.

Manuel Nunes Júnior disse que 2018 foi o primeiro ano depois da crise que o OGE não foi deficitário, recordando que défices sistemáticos dificultam o cumprimento do serviço da dívida e provocam taxas de juro cada vez mais altas.

Contudo, o governante afirma que a retomada do crescimento da economia vai acontecer a partir de 2020 e com uma dívida controlada, reanimando o sector produtivo e a criação de empregos. Medidas estão a ser tomadas, garante, para que o país saia da actual situação de aperto.

O ministro de Estado da Coordenação Económica elogiou, igualmente, as sugestões apresentadas pelos parceiros sociais, dando garantias de que as mesmas vão enriquecer a proposta final do Orçamento Geral do Estado de 2020, que deve ser o ano da retomada económica.

No início do encontro a secretária de Estado do Orçamento e Investimentos Públicos, Aia-Eza da Silva, informou aos presentes que o actual nível de arrecadação dificulta o pagamento de despesas fundamentais como os salários da função pública e o serviço da dívida pública.

Atender à pressão de contratação de pessoal para a área social, especialmente saúde e educação, é um dos desafios de curto prazo, segundo a governante, economista de formação. Os parceiros sociais manifestaram preocupação com os números avançados sobre a dívida pública interna e externa, estimada em 80 por cento do Produto Interno Bruto, ou seja, 90 mil milhões de dólares.

Fonte: Minfin
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