Problemas no SME levaram a exonerações, diz ministro Eugénio Laborinho

O ministro do Interior, Eugénio Laborinho, admitiu problemas no Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), que estiveram na origem da exoneração da antiga administração, apontando o controlo de atos migratórios e obtenção ilegal de dividendos.

O governante apontou dificuldades de gestão patrimonial, financeira, recursos humanos, controlo de atos migratórios e esquemas de obtenção de dividendos de forma ilegal no SME, o que “motivou a nomeação de um especialista da casa, com grande experiência no domínio dos fenómenos migratórios, para regularizar as inconformidades”.

O ministro falava na tomada de posse dos novos diretores-gerais do SME, João António da Costa, do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Arnaldo Manuel Carlos, e dos seus adjuntos, e do comandante do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Bensau Mateus.

À nova direção, Eugénio Laborinho recomendou trabalho para diminuir o tempo de emissão de passaportes, a redução burocrática na tramitação de actos migratórios – situação que “afasta o investimento estrangeiro” -, a melhoria na qualidade de atendimento ao público e o combate ao fenómeno da ‘gasosa’ (suborno), sobretudo nos postos de atendimento do SME, bem como em algumas direcções que tratam de assuntos de cidadãos estrangeiros.

A mudança feita aos órgãos executivos centrais do Ministério do Interior “não se trata de mera troca de directores, porque se registou a nomeação de um novo ministro do Interior”, com a “identificação de algumas insuficiências, que tornavam os órgãos menos operantes, o que não permitia a obtenção de resultados eficientes”, explicou.

Fonte: Lusa – 28-08-2019

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