O sector petrolífero vai ter um desempenho perto da estagnação, com novos investimentos a compensar quase totalmente as quebras dos blocos mais maduros. Esta previsão foi avançada pelo Gabinete de Estudos Económicos e Financeiros do Banco de Fomento Angola (BFA), publicada no portal da instituição.
Do lado da economia não-petrolífera, o estudo do BFA aponta para um crescimento contido, perto de 1 por cento ainda que condicional à existência de estabilidade cambial, que permita aos agentes económicos a recuperação de alguma confiança. Por isso se antevê um crescimento ligeiro do Produto Interno Bruto (PIB), inferior a 1 por cento.
A inflação homóloga média foi de 17,3 por cento em 2019, abaixo dos 20,2 por cento registados em 2018, e bastante abaixo dos 32,4 por cento de 2016. A inflação dos últimos três anos está abaixo dos 100% (74,7%), permitindo à economia angolana deixar a classificação de hiperinflacionária, sublinha o estudo do BFA.
A instituição da conta, ainda, que em 2019 o BNA vendeu 9,4 mil milhões em divisas aos bancos, 30,2 abaixo das vendas em 2018. O estudo sugere que estas vendas serão significativamente inferiores em 2020, dada a possibilidade de venda directa entre os bancos e as petrolíferas.
Recordamos que recentemente o BNA aprovou legislação para simplificar as operações de invisíveis correntes (transferências de salários, importações de serviços), eliminando a necessidade de licenciamento de contratos, entre outras simplificações.
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