Vera Daves diz que o Executivo vai apostar em empréstimos de longo prazo

Empréstimos com prazos de vencimento de 15 a 30 anos e taxas de juros mais baixas, vão ser o esteio das opções de financiamento do Executivo, segundo Vera Daves, ministra das Finanças.

Isto significa, disse a ministra à Rádio Nacional de Angola, que o Executivo vai estar focado em produtos financeiros como o eurobonds, privilegiando, assim, a ida aos mercados. Trata-se de uma modalidade que demanda transparência, ou seja, abertura das contas públicas, um exercício que não intimida o Estado angolano, sublinha a governante.

Vera Daves desmistifica a questão do endividamento, dizendo que a dívida pública angolana é preocupante mas ainda sustentável. Classifica como desafiante o próximo ano em termos fiscais, porque vai ocorrer o vencimento de um conjunto de empréstimos contraídos pelo Estado.

Por isso, alerta a ministra, 2020 deve ser marcado por uma disciplina orçamental rigorosa para que se possa fazer face ao serviço da dívida que corresponde a mais de 50 por cento da despesa pública, e inverter a tendência de endividamento. Com isso, é possível antever um ano de 2021 substancialmente melhor, garante Vera Daves.

A secretária de Estado do Orçamento e Investimento Público, Aia-Eza da Silva, classifica 2020 como o ano do pico do endividamento. Garante, porém, que em 2021 a taxa orçamental da dívida poderá ser de 30 por cento, tendo assim um peso cada vez menor nas contas públicas.

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Ezza da Silva enumera como causas do significativo endividamento nos últimos anos a queda significativa da receita petrolífera, uma consequência da baixa do barril do crude no mercado internacional a partir de 2014.

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