Covid-19: Quatro vendedores do mercado do Catinton testaram positivo ainda o dia ia a meio

O MINSA alerta que o facto de existirem eventuais resultados positivos, não significa que a pessoa tenha o novo coronavírus activo, porque, tratando-se de testes rápidos, os positivos implicam uma segunda análise para confirmar.

Segundo a ministra da saúde, Sílvia Lutucuta, mil pessoas serão hoje testadas no mercado do Catinton e quem testar positivo, de facto, teve, seguramente, contacto com o coronavírus e, por isso, ser-lhe-á feito um novo teste que garante mais eficácia no resultado porque se trata de um exame molecular para detectar a presença do vírus SARS-CoV-2, o coronavírus que causa a Covid-19.

De acordo com a ministra, as equipas de resposta rápida vão orientar as pessoas, sobretudo quem acusar positivo, mas avançou que não serão levadas para os centros de tratamentos ou de quarentena, até a confirmação dos segundos testes.

Questionada sobre a eventualidade de haver muitos resultados positivos, e, sendo assim, que medidas serão tomadas, Sílvia Lutucuta respondeu que serão tomas as medidas de saúde pública definidas para essas situações, que passam pelo encerramento para fazer a devida desinfecção.

Sílvia Lutucuta referiu também que os testes em massa que hoje começaram no Mercado do Catinton, e nos próximos dias se estenderão aos mercados do Kikolo, 30, Asa Branca e no bairro do Mártires de Kifangondo, servirão como suporte científico para se ter a definição clara se estamos já perante uma situação de transmissão comunitária.

“O mais importante é as pessoas reconhecerem que a doença existe e que é preciso tomar medidas sérias. E todos devemos tomar às medidas de protecção individual e colectivas”, disse Sílvia Lutucuta.

Já a governadora da Província de Luanda, Joana Lina, disse que o GPL vai fazer cumprir as novas medidas a serem adoptadas em Luanda a partir de amanhã, conforme estipula o novo decreto Presidencial que prolonga a cerca sanitária em Luanda e num município do Kwanza Norte, Cazengo, até 09 de Agosto e entra em vigor na quinta-feira.

A governadora frisou que as pessoas devem levar a sério essas medidas, porque “a doença não está para brincadeiras e o momento de agir é agora”.

“Não devemos levar a sério só quando a doença tocar num membro da nossa família. O momento é de acção, responsabilização, cumprimento das exigências que foram decretadas. Nós vamos ser duros e vamos tomar as medidas que forem necessárias”, avisou Joana Lina, governadora de Luanda.

No mercado do Catinton, existem milhares de vendedores, as pessoas aderiram de forma voluntária à testagem em massa da Covid-19, apesar do suspense na hora de receberem os resultados, a aderência para um lugar na fila era muito concorrido durante a manhã desta quarta-feira.

Varias vendedoras e vendedores do Catinton que fizeram os testes da Covid-19 contaram que o facto de os resultados serem negativos não implica que vão baixar a guarda no combate e na prevenção da pandemia no seu dia-dia.

Os administradores do mercado recusaram falar com os jornalistas, o que resultou na impossibilidade de se saber quantos são os comerciantes com lugar neste mercado, que é um dos maiores de Luanda, conhecido por receber, diariamente, toneladas de produtos agrícolas das províncias do Kwanza Sul, Benguela, Huíla e Huambo, entre outras.

Na Província de Luanda, a testagem em massa através destes testes rápidos, terá lugar apenas nos mercados do Catinton, Kikolo, 30, Asa Branca e no bairro do Mártires de Kifangondo.

Em todos estes mercados serão realizados mil testes, o que significa que seis mil pessoas serão testadas de forma aleatória na capital.

Desde o início da pandemia da Covid-19, no País, em Março último, é a primeira vez que o MINSA realiza a testagem em massa nos mercados informais de Luanda.

Texto: Novo Jornal
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