Excessos das chuvas comprometem produção agrícola no Huambo com perda de 34 mil toneladas

A primeira fase da campanha agrícola 2019/2020 na província do Huambo registou um défice de produção bruta de 34 mil e 824 toneladas, com uma safra de um milhão, 117 mil e 227, 57 toneladas de produtos diversos, informou esta quinta-feira, o responsável local do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), Victorino Chonguela.

Falando à ANGOP, o chefe do departamento do IDA nesta província, disse tratar-se de um défice na ordem de 3, 2 porcento na redução da produção bruta, comparada a época anterior, com uma safra de um milhão, 152 mil e 87 toneladas de produtos diversos.

Apontou o excesso das chuvas como sendo a principal causa, sobretudo por ter afectado, de forma considerável, o rendimento das hortícolas, leguminosas e da batata.

O responsável realçou que a pouca quantidade de adubos disponibilizados, em comparação a época agrícola 2018/2019, aliada a incidência de pragas (broca do colmo) e doenças como a murchas bacteriana e míldio.

A produção média por família, comparativamente ao período anterior, registou, também, uma redução na ordem de 17,06 por cento, distribuída em 0,65 toneladas de cereais, 0,14 de leguminosos, 2,38 de raízes e tubérculos e outras 0,83 toneladas de hortícolas.

A produção bruta de um milhão, 117 mil e 63, 57 toneladas, colhidas na primeira fase da campanha agrícola 2019/2020, constam 161.434 toneladas de milho, 204.547 de hortícolas diversas, 401.315 de batata rena, 30.576 de feijão e 114.432 de mandioca, produzidas numa área de 358 mil e 346.98 hectares.

Para o êxito da campanha, foram disponibilizados e distribuídos as famílias camponesas e agricultores, um total de 2.423 toneladas de adubos 12/24/12, contra 3.397 do período anterior, 374.9 sulfato de amónio, 285.35 de ureia e 27 toneladas de adubo orgânico, assim como três mil e 637 charruas.

A província do Huambo, planalto central de Angola, possui uma população de dois milhões, 519 mil e 309 habitantes, na sua maioria camponeses, que faz das potencialidades agro-pecuárias a principal fonte de rendimento.

Texto: Angop
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