Numa primeira fase, estes serviços estarão disponíveis apenas na província de Luanda, mas pretende-se estender por todo o país, de acordo com o director executivo da empresa ONDE.
Domingos Fernando disse que as informações estarão disponíveis com dados em tempo real, obtidos por integração de serviços.
Quanto aos ATMs, o criador disse que já têm acordos iniciais com um banco (não revelado), mantendo negociações com outros.
Nessa altura, acrescentou, já há alguns ATMs identificados, mapeados e endereçados. A estes os respectivos bancos vão disponibilizar “update” (actualizações), parq permitir ao ONDE fazer actualizações dos dados em tempo real.
“Várias são as vezes em que precisamos de andar de ATMs em ATMs, à procura de dinheiro ou papel. Com o nosso aplicativo, isso já não será necessário”, assegurou.
A plataforma ONDE, desenvolvida para resolver o problema da localização geográfica em Angola, vai lançar no mercado um outro novo serviço, que fornecerá informações sobre o estado das caixas de pagamento electrónico (ATMs).
A plataforma ONDE surgiu em 2017 com o serviço de endereçamentos e geo-referenciação, desenvolvido para resolver o problema da localização ou endereçamento geográfico.
Isso valeu-lhe a distinção de start-up vencedora da terceira edição do concurso Start-ups Turismo em Angola, realizado recentemente, pelo Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente.
O empreendedor conta que a ideia de criar uma plataforma do género surgiu da necessidade de disponibilizar informação sobre serviços e lugares.
Explica que, para aceder à plataforma, basta que o usuário entre na app, pesquise pelo lugar que procura ou pela categoria de lugares que precisa, e receberá informações sobre o que procura, disponível nas redondezas.
Neste momento, clarificou Domingos, a aplicação fornece apenas informações sobre os lugares de Luanda, mas o objectivo é aumentar o endereçamento a nível de todo o país.
“Nossa frase de eleição é bem simples: não existe turismo sem endereços. Sendo assim, torna-se primordial antes de qualquer coisa, que os endereços ou a forma de comunicar endereços funcione primeiro e depois o resto”.
O ONDE, afirmou o gestor, vai também poder ser utilizado pelo Governo, pelas instituições públicas e privadas para o planeamento urbano, recenseamento e recolha de dados, logística e navegação, projectos de construção e melhoramento na comunidade, gestão de bens e serviços, entre outras actividades.
“Os endereços são essenciais para as infra-estrutura de todos os países. Sem eles, não é possível entregar produtos e serviços e, no nosso país, as pessoas infelizmente ainda têm dificuldades para dar indicações sobre o local em que vivem”, fundamentou.