World music , Ndaka Yo Wiñi e o povo chic da LAC

Bateu uma lembrança de um spot da LAC, a tal rádio azul da cidade, que caracteriza a música do Ndaka Yo Wiñi como sendo tradicional e ao mesmo tempo moderna. Fiquei a pensar e, sinceramente, não descortinei o alcance da coisa na altura. Mas agora, um ano depois, o holofote acendeu

Esta definição só pode ter a ver com aquilo que chamam de world music, uma mistura, segundo os tais da onda azul, do tradicional africano e o moderno ocidental, outra aberração. Afinal, a tal de world music é  tão somente todo estilo musical que os ocidentais desconhecem. Não sabem nomear ou classificar.

Apenas um aviso: N’daka Yo Wini é, acima de tudo, um músico angolano, cuja base da sua arte repousa na rítmica e poética endógena.  E mais: também há modernidade na tradição. Sabia? Provavelmente julgam que não há modernidade na batida  do N’guami Maka do  Jorge Henriques Mulumba, figura central do movimento jovem de resgate, preservação de sonoridades sagradas e ancestrais, revisitadas periodicamente pela malta do Marçal.

Outro dia ouvi alguém a dizer, naquele tom chic, que misturar o tradicional africano e o moderno ocidental é colocar por exemplo a marimba e o violino em interacção. Este povo chic, sinceramente…tem cada uma!!

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